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MC 19 Sep 11
Num mundo completamente submetido às andanças da Economia, nós, os leigos desta ciência, temos muita dificuldade em nos mantermos à tona no que toca os seus processos e nomenclatura. Mas, pior, sentimos que somos subjugados pela sua dinâmica e ficamos à toa, inferiorizados, suplantados e arrastados pela força de quem os domina. Não acham que já é altura de a escola assumir este conhecimento e fornecer instrumentos para que esta inferioridade não se perpetue? Afinal, e sob o ponto de vista da própria Economia, cada um de nós é um elemento de produção, logo um elemento da cadeia económica mundial. Se compreendermos os fundamentos da Economia, poderemos para ela contribuir de uma forma mais eficiente – e, também, acabar com essa situação de sermos abalroados por ela. Talvez a situação de crise generalizada do mundo de hoje não tivesse acontecido!
Ora, Mara Luquet, jornalista e escritora brasileira da área económica, foi sensível a esta questão e, se assim o pensou, melhor o fez: criou a Bicholândia, recheada de habitantes com um bom punhado de profissões e diferentes contribuições para a dinâmica económica da comunidade. Ele há a Formiga Emília empresária, a Cigarra Nara cantora, a Joaninha Aninha assalariada, a Lagarta Marta advogada aposentada, a Galinha Binha industrial, a Ratazana Luciana gastadora (de profissão indefinida), o Tatu Arthur banqueiro, a Mariposa Meire correctora de valores e o Galo César avançado centro do Bicholândia Futebol Clube, apaixonado pela D. Binha. Pois é, também tem enredo…
A D. Binha, que não põe os ovos todos no mesmo cesto...
ou seja, diversifica os investimentos.
E no percurso, vai-se falando de mercadoria, investimentos, inflação, empréstimos e taxas de juros, capital, falência, acções, ganhos, bolsa de valores, riscos, diversificação e fundos de investimento, lucros e dividendos, poupança e, também, globalização. Enfim, de uma forma lúdica, divertida e muito clara, são apresentados os fundamentos da Economia.
Como eu dizia, uma abordagem incontornável a fazer às crianças. Porque é de pequenino… que se criam adultos economicamente responsáveis!
Sobre A Formiga Emília e a Economia (2001), de Mara Luquet.
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